Recursos para ensinar filosofia
Questões de filosofia do ENEM 2017
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Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma
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Fundamentação científica de viés positivista.Bentham não propõe uma "fundamentação científica de viés positivista" no sentido estrito. A filosofia dele, o utilitarismo, foca em medir e maximizar a felicidade, o que pode parecer ter um aspecto quantitativo e, nesse sentido, uma aproximação com o pensamento positivista. No entanto, o utilitarismo não depende estritamente de uma abordagem científica ou método empírico no sentido positivista, mas sim de uma análise lógica de consequências e pragmatismo.
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Inclinação de natureza passional.A primeira afirmação menciona uma "inclinação de natureza passional" para descrever a moralidade, mas o texto de Bentham não sugere isso. Bentham fala sobre a promoção da felicidade com base na análise das consequências das ações, o que é um processo racional, não passional. Assim, avaliar a moralidade pelas emoções não se alinha com a teoria de Bentham, que vê a razão e a consequencialidade como centrais para determinar a moralidade.
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Transgressão comportamental religiosa.Bentham não está preocupado com a transgressão de códigos religiosos em si, mas sim com a promoção da maior quantidade de felicidade, pouco importando para ele a moralidade proveniente de dogmas religiosos. O foco está em resultados práticos na promoção da felicidade, não em ir contra crenças religiosas.
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Racionalidade de caráter pragmático.Bentham defende que as decisões morais deveriam ser baseadas em qual curso de ação maximiza a felicidade, o que é uma abordagem prática e orientada para resultados. A racionalidade de Bentham é pragmática porque ela avalia as consequências das ações com o objetivo de aumentar o bem-estar. Isso está de acordo com a descrição de racionalidade com um caráter pragmático.
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Convenção social de orientação normativa."Convenção social de orientação normativa" parece implicar uma aderência a padrões impostos socialmente ou normas culturais. Bentham, no entanto, propõe que a moralidade não deve se basear apenas em regras sociais ou normas, mas sim na avaliação das consequências para o bem-estar geral. Assim, essa proposta de moralidade é individual e não ditada puramente por convenções normativas.
Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que tem como uma de suas bases a
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Socialização do conhecimento científico.Essa afirmação trata da socialização do conhecimento científico, que realmente ocorreu durante o Iluminismo. No entanto, o conceito principal do texto não é sobre ciência, mas sobre direitos humanos e a igualdade promovida pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. O Iluminismo de fato impulsionou o avanço e a disseminação do conhecimento científico, mas a questão está mais relacionada aos direitos civis e sociais do que ao conhecimento científico em si.
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Universalização do princípio da igualdade civil.Correto! A universalização do princípio da igualdade civil é um dos elementos centrais do Iluminismo e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. O documento proclamou a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, independentemente de classe social, o que foi uma mudança radical na época. Esta alternativa realmente captura a essência do impacto iluminista em termos de direitos humanos e civis.
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Divulgação de costumes aristocráticos.A divulgação de costumes aristocráticos está em desacordo com o espírito do Iluminismo e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que visavam, na verdade, criticar e reformar a estrutura hierárquica da sociedade que privilegiava a nobreza. O Iluminismo buscava igualdade e liberdade para todos, não a preservação de costumes aristocráticos.
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Atualização da disciplina moral cristã.A afirmação sobre atualização da disciplina moral cristã não está diretamente relacionada ao que o texto está descrevendo. Na realidade, o Iluminismo muitas vezes entrou em conflito com ideias religiosas da época, promovendo uma moralidade secular baseada na razão. Portanto, a Declaração dos Direitos do Homem enfatiza direitos universais baseados na igualdade, não moral cristã.
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Modernização da educação escolarModernizar a educação escolar é uma ideia associada ao pensamento iluminista, pois este encorajou a racionalidade e a educação como formas de melhorar a sociedade. No entanto, a questão se concentra nas mudanças nos direitos civis e sociais através da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, e não especificamente na educação.
A visão expressa nesse texto do século XX remete a qual aspecto do pensamento moderno?
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A relação entre liberdade e autonomia no Liberalismo.Essa alternativa está correta. No texto apresentado, Rawls fala sobre uma sociedade em que todos aceitam e seguem os mesmos princípios de justiça. Essa ideia está profundamente conectada ao Liberalismo, que enfatiza a liberdade e a autonomia dos indivíduos, mas dentro de um sistema de regras e princípios acordados coletivamente. A sociedade ideal de Rawls reflete a busca por uma justiça que é aceita por todos voluntariamente, destacando a importância da liberdade individual dentro de um quadro regulador, que é uma característica central do Liberalismo.
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A contraposição entre bondade e condição selvagem do Naturalismo.Essa alternativa está incorreta. O Naturalismo, especialmente na visão de filósofos como Rousseau, envolve a ideia de um estado natural de bondade humana contrastado com a corrupção advinda da sociedade. O foco de Rawls, por outro lado, está em princípios de justiça dentro de uma estrutura social organizada, sem referência a uma condição selvagem. Ele está mais preocupado com a justiça social no contexto de uma sociedade já estabelecida e não nas condições naturais do ser humano.
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A independência entre poder e moral no Racionalismo.Essa alternativa está incorreta. O texto de Rawls não aborda a independência entre poder e moral, como sugerido pelo Racionalismo. O Racionalismo foca na razão como a principal fonte de conhecimento e legitimação, enquanto o texto se concentra na aceitação coletiva de princípios de justiça, que é uma questão mais relacionada à filosofia política liberal do que à epistemologia racionalista.
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A convenção entre cidadãos e soberano do Absolutismo.Essa alternativa está incorreta. O Absolutismo envolve a concentração de poder em um soberano, sem grande ênfase na aceitação coletiva de princípios de justiça pelos cidadãos. Rawls fala de princípios que são aceitos por todos e regulam uma sociedade justa, o que difere bastante de uma convenção só entre cidadãos e soberano que caracteriza o Absolutismo.
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A dialética entre o indivíduo e governo autocrata do Idealismo.Essa alternativa está incorreta. Embora o Idealismo explore a relação entre o indivíduo e a estrutura social ou governamental, Rawls está falando sobre princípios de justiça acordados de maneira coletiva, que é um tema mais relacionado ao Liberalismo do que a uma dialética típica do Idealismo, especialmente no contexto de um governo autocrata.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na
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Relativização do saber verdadeiro.Essa alternativa está incorreta. Sócrates procurava por um tipo de conhecimento mais seguro e não se limitava a relativizar o saber. Embora ele fosse famoso por afirmar saber que nada sabia, seu método dialético não incentivava a relativização do conhecimento, mas sim a busca incessante por uma verdade mais fundamentada através de perguntas e respostas.
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Valorização da argumentação retóricaEsta alternativa está incorreta. Sócrates não valorizava a retórica ou a argumentação persuasiva pelo simples efeito de convencimento. Pelo contrário, ele se opunha aos sofistas, que eram conhecidos por usar argumentos retóricos para persuadir, mesmo que sem uma base sólida de verdade. Sócrates buscava o conhecimento verdadeiro por meio do questionamento crítico, não pela retórica.
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Sustentação do método dialético.Esta é a alternativa correta. O texto foca na forma como Sócrates interage com seus ouvintes para provocar reflexão e autoexame. Isso está diretamente relacionado ao seu método dialético, que é a prática de questionar continuamente para chegar a um entendimento mais profundo. Sócrates utilizava a dialética para desafiar crenças previamente aceitas e estimular o pensamento crítico em seus interlocutores.
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Contemplação da tradição mítica.Esta alternativa está incorreta. O texto descreve o impacto transformador que Sócrates tem sobre seus ouvintes, especialmente os jovens, através do diálogo e da autorreflexão. Sócrates é conhecido por desafiar e questionar as tradições e os mitos, em vez de simplesmente contemplá-los ou aceitá-los como verdades absolutas. O método socrático visa a reflexão crítica, não a aceitação passiva de mitos.
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Investigação dos fundamentos da natureza.Esta alternativa está incorreta. Sócrates não é conhecido por investigar os fundamentos da natureza, esse era um interesse mais central para os pré-socráticos. Sócrates focava mais nas questões éticas e na compreensão do ser humano, utilizando a dialética não para investigar a natureza física, mas a natureza moral e cognitiva do ser humano.
O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)
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Imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal.Essa alternativa está incorreta. O conceito de imobilidade está mais associado a Parmênides, que argumentava que o ser verdadeiro era único, imóvel e eterno, em contraste com Demócrito que considerava o movimento dos átomos no vazio como essencial para explicar a realidade dinâmica e diversa que observamos. Demócrito via o mundo como constituído por átomos em movimento constante, não em imobilidade.
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Átomo, que explica o surgimento dos entes.Essa alternativa está correta. Demócrito é famoso por sua teoria atomista, que sugere que a realidade é composta de átomos, pequenas partículas indivisíveis e imutáveis, que se combinam para formar tudo o que existe. Segundo ele, o "princípio constitutivo das coisas" são os átomos, que através de suas diferentes combinações explicam a diversidade dos entes no mundo.
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Número, que fundamenta a criação dos deuses.Essa alternativa está incorreta. Embora o conceito de número tenha sido importante para outros filósofos pré-socráticos, como Pitágoras, ele não é o foco do pensamento de Demócrito. Demócrito estava mais preocupado com a ideia de átomos como os fundamentos do universo material, e não com números ou a fundação de deuses.
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Devir, que simboliza o constante movimento dos objetos.Essa alternativa está incorreta. O conceito de devir, que é o princípio do eterno movimento e mudança, é mais associado a Heráclito do que a Demócrito. Demócrito e Leucipo falaram sobre o movimento dos átomos no vácuo, mas sua atenção estava nos átomos como unidades básicas da matéria, não no devir enquanto transformação constante do ser.
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Água, que expressa a causa material da origem do universo.Essa alternativa está incorreta. A água como princípio primordial é uma tese de Tales de Mileto, não de Demócrito. Demócrito defendia que tudo era composto por átomos, não por nenhum dos quatro elementos clássicos como água, ar, terra ou fogo.
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão social. De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a)
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Eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.A eleição de lideranças políticas pode ser uma característica de muitas democracias, mas para Habermas, o foco está no processo deliberativo e na discussão pública que leva à decisão, mais do que nos mecanismos eleitorais em si. A democracia deliberativa não se centra apenas na escolha de líderes, mas no processo inclusivo e racional de debate que envolve os cidadãos. Portanto, essa alternativa não reflete a condição correta para favorecer a inclusão social segundo Habermas.
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Debate livre e racional entre cidadãos e Estado.Esta alternativa está correta. No pensamento de Habermas, para que a democracia deliberativa favoreça processos de inclusão social, é essencial que haja um debate livre e racional entre os cidadãos e o Estado. Esse processo de deliberação é o que garante que todas as vozes, especialmente as que são marginalizadas, possam ser ouvidas e consideradas na tomada de decisões. A ênfase está no discurso inclusivo e racional, o que promove a legitimidade das decisões democráticas e a inclusão social.
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Controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.Essa alternativa sugere que apenas cidadãos mais esclarecidos deveriam controlar o poder político, o que contraria o princípio da inclusão social. No pensamento de Habermas, o poder político não deve ser restrito a um grupo específico de cidadãos, mas deve ser acessível a todos através de um processo de deliberação pública. Portanto, essa alternativa não é correta no contexto do conceito de democracia deliberativa de Habermas.
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Interlocução entre os poderes governamentais.A interlocução entre os poderes governamentais é uma prática comum em muitas democracias, mas no conceito de democracia deliberativa de Habermas, a ênfase está no discurso e na deliberação pública entre todos os cidadãos, não apenas entre os poderes governamentais. A inclusão social é promovida por uma comunicação livre e racional entre cidadãos e o Estado, não apenas entre os poderes. Assim, esta não é a condição destacada para a inclusão social.
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Participação direta periódica do cidadão.A participação direta periódica do cidadão pode parecer alinhada com a ideia de democracia, mas no contexto do pensamento de Habermas, é mais importante o processo contínuo e inclusivo de debate público. Não basta participar periodicamente; é necessário haver um espaço constante e aberto para a discussão racional e o discurso. Portanto, essa alternativa não é a condição correta conforme o conceito de democracia de Habermas.
De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto
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Permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.A noção de que uma ação deve produzir a maior felicidade para as pessoas envolvidas é um princípio central do utilitarismo, que busca maximizar o bem-estar geral. No entanto, a ética de Kant não tem como foco a felicidade, mas sim o cumprimento do dever e a universalidade dos princípios morais. Portanto, essa alternativa não reflete corretamente o ponto de vista kantiano sobre a falsa promessa e está incorreta.
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Assegura que a ação seja aceita por todos a partir livre discussão participativa.Esta alternativa fala sobre aceitação por meio de livre discussão participativa, o que não está diretamente relacionado com a ética kantiana, mas sim com teorias que falam sobre ética discursiva e consenso, como a de Jürgen Habermas. Kant foca no imperativo categórico e na universalização das ações, não em processos de discussão ou aceitação coletiva. Portanto, essa alternativa está incorreta no contexto do que é discutido no texto.
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Materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios.A proposta de que os fins justificam os meios é uma ideia que se alinha mais ao utilitarismo, uma perspectiva que contrasta com a ética deontológica de Kant. Kant defende que as ações são morais não pelas suas consequências (fins), mas pelos deveres envolvidos (meios). Portanto, esta alternativa não reflete a posição kantiana sobre a moralidade das ações e está incorreta no contexto do texto apresentado.
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Garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.Esta alternativa menciona a preocupação com os efeitos das ações sobre a possibilidade da vida futura na Terra, que é uma ideia mais associada com a ética ambiental ou utilitarismos considerando consequências de longo prazo. Kant não coloca o foco nas consequências das ações, mas sim na intenção e na universalizabilidade da máxima da ação. Assim, a alternativa está incorreta no contexto da ética kantiana.
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Opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.A alternativa afirma que a 'falsa promessa de pagamento' se opõe ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal, que é um dos pilares da ética kantiana. Segundo Kant, as ações devem ser julgadas pela sua capacidade de se tornarem máximas universais, ou seja, se todos agissem da mesma forma, isso seria aceitável? No caso da promessa falsa, se todos agissem assim, a prática de emprestar ou tomar dinheiro emprestado se tornaria inviável, já que ninguém confiaria em promessas. Assim, a alternativa está correta em identificar essa contradição lógica e ética da falsa promessa dentro do pensamento kantiano.
Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que
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A política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade.Correta. Aristóteles considera a política uma "arte mestra" porque ela define quais ciências devem ser estudadas e praticadas dentro do Estado, indicando assim que a política é a principal ciência organizadora da cidade. Ela se preocupa com o bem comum e, portanto, determina como outras disciplinas e conhecimentos devem ser aplicados para alcançar o sumo bem da sociedade.
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O bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses.Incorreta. Aristóteles não acredita que o bem dos indivíduos consista em perseguir interesses pessoais isoladamente. Para ele, o bem está relacionado ao bem da comunidade e à busca pelo sumo bem, que é mais amplo do que interesses individuais e está associado ao bom funcionamento da pólis como um todo.
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A educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente.Incorreta. Embora a educação seja um aspecto importante na formação do caráter e na promoção do bem, o foco central de Aristóteles nesta passagem é a política como a ciência que organiza e direciona as demais ciências. Ele enfatiza a política como guia para o bem comum, não necessariamente ligando diretamente a educação ao sumo bem.
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A democracia protege as atividades políticas necessárias para o em comum.Incorreta. A ideia central de Aristóteles é que a política, e não especificamente a democracia, é a ciência que busca o sumo bem. A democracia é uma forma de governo que Aristóteles analisa, mas não significa que ela seja a condição para o sumo bem; na obra de Aristóteles, diferentes formas de governo podem ser avaliadas pela sua capacidade de promover o bem comum.
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O sumo em é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade.Incorreta. Aristóteles não fundamenta o sumo bem na fé ou nos deuses. Embora o pensamento grego antigo contemple a presença dos deuses, Aristóteles analisa o sumo bem do ponto de vista racional e ético, principalmente relacionado à vida prática e à organização política, e não à fé religiosa.
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